A Restauração da Independência (Parte IV)

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Sou o Manuel Peresto, um simples elemento do povo que sempre sonhou ter um futuro melhor. Mas, tudo se tornou impossível, não bastava os impostos serem altos, que também perdemos a nossa independência.

Tudo começou com a subida de D. Sebastião ao trono no ano de 1557, mas só assumiu o governo em 1568, este jovem guerreiro foi sempre educado pelo clero e pela nobreza o que fez com que ele desenvolvesse o seu espírito guerreiro. D. Sebastião subiu ao trono muito novo ainda não tinha idade para admistrar corretamente, então ele decidiu conquistar terras aos muçulmanos. D. Sebastião mandou preparar uma grande armada para a batalha de Alcácer Quibir. Em 1578, D. Sebastião e a sua armada chegaram à costa africana, os conselheiros mais velhos, logo mais experientes, diziam a D. Sebastião para ele não avançar, mas ele não lhes deu ouvidos. E, avançou, chegando ao campo de batalha fomos surpreendidos pelos muçulmanos que nos cercaram, derrotando-nos estrondosamente, foi uma derrota vergonhosa para nós. Dentro dessa batalha, morreram cerca de 9000 soldados, 16000 foram capturados e D. Sebastião desapareceu.

Portugal entrou numa crise de sucessão ao trono. E escolheram o Cardeal D. Henrique, homem do clero e tio-avô de D. Sebastião, para lhe suceder e nomear o próximo rei de Portugal. Mas, morreu em 1580 sem deixar nenhum testamento sobre o candidato que subiria ao trono. Então, surgiram três candidatos: D. António, Prior do Crato; D. Catarina, Duquesa de Bragança e Filipe II rei de Espanha. Eu e alguns amigos meus apoiávamos D. António, Prior do Crato porque queríamos a garantia da nossa independência e Filipe ll

era rei de Espanha e logo a perdíamos e não apoiávamos D. Catarina, Duquesa de Bragança porque era mulher.

D. António, Prior do Crato formou um pobre exército para lutar contra D. Filipe II de Espanha em 1580 na batalha de Alcântara, onde D. António foi derrotado facilmente. E, D. Catarina, Duquesa de Bragança deixa de livre vontade a Coroa a D. Filipe II de Espanha deixando-nos perder a nossa independência.

D. Filipe ll foi aclamado rei nas Cortes de Tomar em 1581, onde prometeu que: mantinha a língua portuguesa como língua oficial; continuava a poder-se cunhar e usar moeda própria; mantinha nos altos cargos da justiça, da Igreja, da admistração pública e do Império Ultramarino funcionários portugueses; o vice-rei de Portugal seria sempre português e os impostos não iam aumentar.

Com a subida ao trono de D. Filipe ll, houve uma nova dinastia chamada Dinastia Filipina, Portugal e Espanha estavam a ser governados pelo mesmo rei, o que é chamada Monarquia Dualista.

Tudo piorou quando D. Filipe II de Portugal (III de Espanha) subiu ao trono, começamos a perder as nossas colónias porque o rei estava mais interessado nas guerras que Espanha tinha contra os outros países. Espanha começou a perder muito dinheiro porque tinha constantemente de o gastar a reforçar o exército espanhol. Para minimizar os estragos teve de nos aumentar os impostos. E, como o vice-rei de Portugal era espanhol não tinha pena de nós. Várias promessas de D. Filipe l de Portugal (II de Espanha) foram quebradas, isso levou-nos a muitas revoltas populares onde partíamos tudo à nossa volta, criando caos.

E, no dia 1 de dezembro de 1640, no reinado de D. Filipe III de Portugal, os nobres portugueses fartos de que os espanhóis governassem as nossas terras revoltaram-se em Lisboa e aclamaram D. João, Duque de Bragança como rei de Portugal, ficando como rei D. João IV e iniciando a nova dinastia chamada “Dinastia de Bragança”. Contudo, as guerras contra Espanha continuaram até 1668, foi nesse ano em que a Espanha reconheceu a nossa independência porque já tinha guerras suficientes. E foi assim que restauramos a nossa independência.

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Nº4 Flávio Azevedo | Nº11 Mário Dantas | Nº13 Rafaela Azevedo

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