Uma aventura pelas mãos de Ulisses

5
(7)

Ulisses via imensa água passar-lhe pelo corpo. O fundo do mar era maravilhoso! Havia muitos peixes de várias cores e algas de diversos tamanhos. Tinha várias sereias, cada uma mais bela do que outra. Ele sentia -se maravilhado, mas ao mesmo tempo triste por não estar com a sua mulher e o seu filho. Sabia que não iria sair sozinho dali, porque estava enfeitiçado. Só as Sereias podiam quebrar o feitiço, pois tinham sido elas a lançá-lo.

Então lá foi ele mergulhando naquele poço de água que nunca mais acabava procurar a morada delas, mas não conseguiu. Continuou a nadar mais um pouco e encontrou o palácio fantástico repleto de cor e cheio de luz, tudo brilhava intensamente e os murmúrios da água eram suaves e relaxantes, era o palácio da Rainha das Sereias. Foi até lá falar com a ela, sobre o que as sereias lhe tinham feito e contou-lhe com tinha ido ali parar:

-Olá Vossa Excelência, como está?
-Olá, estou bem. Obrigada. Um Humano por aqui?!-Eu fui enfeitiçado por três sereias! Preciso de as encontrar para me desencantarem, pois preciso de regressar com urgência à minha terra.

-Aquelas sereias atrevidas voltaram a enfeitiçar homens?! Não te preocupes, vou resolver isto tudo! Vou ter com elas e dar-lhes um grande castigo.

-Vossa Excelência, posso acompanhá-la? Assim elas podem “desenfeitiçar-me” no mesmo momento.

– Sim. Pode ser, mas antes de irmos conta-me melhor essa história!

-Então, aqui vai, tudo começou assim: Circe, uma feiticeira disse-me que quando chegasse ao Mar das Sereias puséssemos cera nos ouvidos para não ouvir os seus cantos, e eu prometi-lhe que assim o faria. Quando os meus companheiros disseram que estava na hora de colocar a cera nos ouvidos, recusei. Disse que queria ouvir o canto delas e que não cairia no seu encanto. Como recusei, os meus companheiros introduziram eles a cera nos ouvidos e prenderam-me com cordas. Enquanto passávamos o Mar Das Sereias eu ouvi-as cantar e fiquei claramente enfeitiçado. Comecei a chamar os meus companheiros para me desprenderem, mas eles não me ouviam. Então, eu tanto andei, tanto fiz que me conseguir soltar.

-Como?

– Como sabe, eu sou um guerreiro, tenho sempre armas comigo. Peguei na espada que tinha á cinta, com a boca, mas era muito grande e não consegui segurá-la. Lembrei-me então, que tinha uma navalha no bolso. Rodei um pouco as mãos até alcançá-la. Quando consegui tirar a navalha, cortei as cordas e mergulhei para o poço sem fundo, e agora estou aqui consigo!

– Foste muito habilidoso para te soltares, mas devias ter confiado nos teus companheiros.

– Pois, assim se aprende!

A Rainha castigou as sereias e obrigou-as a quebrar o feitiço.

Quando Ulisses chegou à superfície os seus companheiros ficaram muito admirados, mas muito felizes. Eles sempre acreditaram que Ulisses iria regressar, pois ele era um homem muito astuto e manhoso.

-Como é que que tu te soltaste?

Ulisses contou-lhes tudo e continuaram a sua viagem até Ítaca.


Ana Rita Vieira da Costa –  6.ºB

Gostaste desta publicação?

Deixa a tua votação! Ou se quiseres, comenta abaixo.

Média das votações 5 / 5. Vote count: 7

Ainda sem votos. Queres ser o primeiro?

Ai é?

Segue-nos nas Redes Sociais