Na noite de 8 de setembro, o sudoeste de Marrocos sofreu um forte sismo de magnitude 6,8 que passado cinco dias (13 de setembro), contabiliza quase 3.000 mortos e cerca de 2.000 desaparecidos. O grau de destruição é enorme devido à construção sem qualidade e pouco resistente a estes fenómenos.
Perante uma tragédia desta natureza, compreensivelmente os países mais desenvolvidos tentam prestar a ajuda humanitária, no entanto o estado marroquino aceitou a ajuda de Espanha, Reino Unido, Qatar e Emiratos Árabes Unidos e recusou a de outros países como Portugal!
Numa situação de crise humanitária de Marrocos, a rejeição da ajuda portuguesa (e de outros estados europeus), deve-se a Portugal condenar a “ocupação marroquina” do território do Sara Ocidental. No fundo Portugal apoia o movimento político-revolucionário “Frente Polisário” na defesa da sua autonomia e autodeterminação do povo Saaraui.
Mas qual a razão de Marrocos aceitar a ajuda de Espanha e do Reino Unido?
Na verdade, estas nações sempre condenaram as intenções independentistas da Frente Polisário e com isso assumiram o apoio ao governo de Marrocos. Uma vez que a Espanha também tem a questão da Catalunha e País Basco com movimentos independentistas, assim como o Reino Unido tem a resolver com os escoceses e norte irlandeses, estes países europeus não fomentam separação de territórios.
Mapa administrativo de Marrocos. (Fonte: Carte du Maroc et quelques informations – E-Voyageur)