A Restauração da Independência (Parte III)

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Ainda hoje se fala, na tragédia e na vergonha que a família real passou quando D. Sebastião desapareceu numa das piores derrotas da História de Portugal. A minha família acredita nas lendas que por aí se contam, sobre o rei ter sido capturado pelos muçulmanos e um dia voltar montado num cavalo no meio de um nevoeiro, pois tem vergonha de aparecer devido à enorme desilusão que causou a Portugal. Pelo que me contaram, o exército Português no ano de 1578 teve uma derrota muito grande em Alcácer Quibir, pois a viagem para o norte de África foi demasiado rápida e não tiveram tempo para descansar, no entanto os muçulmanos estavam descansados à espera dos Portugueses.

Como ainda era muito novo, D. Sebastião não tinha nem mulher, nem filhos. A pessoa mais próxima na família era o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique que subiu ao trono em 1578. O grande problema era que ele já tinha bastante idade por isso tinha de escolher um sucessor pois não podia ter filhos. Ele nunca o fez, então quando morreu em 1580, apresentaram-se três candidatos ao trono português como os possíveis próximos reis ou rainha de Portugal.

Entre os candidatos estava, D. Filipe II de Espanha, D. António Prior do Crato e D. Catarina Duquesa de Bragança.

Eu como homem do povo, não desejava que o meu país perdesse a sua independência, por esse motivo D. Filipe II no trono Português era um absurdo, mas D. Catarina Duquesa de Bragança também estava fora de questão devido ao facto de ser mulher. Por isso, a escolha do povo foi D. António Prior do Crato, apesar de ser filho ilegítimo do rei, era homem e de nacionalidade Portuguesa.

D. Catarina Duquesa de Bragança, por questões de fidelidade à sua família muito rica naquela altura, era apoiada por uma parte do Clero e da Nobreza.

D. Filipe ll de Espanha era apoiado pela alta Burguesia, maior parte do Clero e da Nobreza, pois era muito rico e Portugal estava a passar por uma crise económica. Além disso a alta nobreza queria novos cargos políticos.

Como a população estava dividida, deu-se uma guerra entre um pequeno exército de D. António Prior do Crato e um poderoso exército de D. Filipe II. A vitória foi fácil para o rei espanhol na batalha de Alcântara a 25 de Agosto de 1580.

Nas Cortes de Tomar, em 1581 D. Filipe ll de Espanha foi aclamado rei de Portugal. Ao ser aclamado D. Filipe I de Portugal e D. Filipe II de Espanha, decidiu fazer uma União Ibérica, juntando Portugal e Espanha num só.

Para evitar o descontentamento dos Portugueses D. Filipe I de Portugal, fez algumas promessas. O rei prometeu que a língua Portuguesa se iria manter como a língua oficial do país e o poder de cunhar e o uso de moeda própria continuaria. Nos altos cargos da justiça da Igreja, da administração pública e do Império Ultramarino só trabalhariam funcionários Portugueses e o vice-rei de Portugal seria sempre português.

Mais tarde muitos Portugueses revoltaram-se devido ao facto do rei D. Filipe III começar a não cumprir as promessas que D. Filipe I tinha feito nas Cortes de Tomar. Como Espanha estava em guerra com muitos países do norte da Europa, nós como sempre é que tínhamos de pagar impostos muito maiores para suportar as despesas da guerra. Começamos a fazer revoltas por todo o país, e uma das mais famosas foi a revolta do Manuelinho, que decorreu em Évora, em 1637.

No dia 1 de dezembro de 1640, um grupo de nobres entrou pelo Paço Real de Lisboa e aprisionaram a Duquesa de Mântua, vice-rainha de Portugal, mataram o seu secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos atirando-o pela janela.

Com este ato declararam D. João IV, Duque de Bragança, como rei de Portugal.

Assim começou uma nova dinastia, a Dinastia de Bragança.

 

8ºB

Nº10 – Margarida Rodrigues | Nº11 – Maria João Mendes | Nº14 – Sara Fernandes

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