No início era assustador, aterrador até.
Casos a surgir, vidas a terminar.
Era um pesadelo, ao qual não conseguia acordar.
A minha casa era a única segurança,
O escritório a minha sala de aula,
O meu jardim o recreio,
E a minha sala o polivalente.
O cheiro a pão quente é frequente
E a cozinha é um lugar de experiências.
A minha casa é agora um mundo,
Onde mora a imaginação.
A conversa com alguns amigos faz-se por e-mail
E a saudade dos avós mata-se pelo WattsApp.
Correm fotografias de um lado para o outro
Recorda-se o passado
E aqueles que partiram.
Não há beijos, não há abraços,
Não há reencontros com a família.
Mas, aos poucos, o medo é enfrentado
E tudo parece mais normal.
E quando tudo isto acabar?
Como será?
Será uma mistura de emoções.
O medo de que tudo não acabou.
A alegria por estarmos livres.
A felicidade por voltarmos à normalidade…
Só tenho uma certeza:
Quando tudo isto acabar,
Iremos celebrar
A VIDA!
Pedro Miguel Vaz Machado
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