Na madrugada do dia 6 de fevereiro, o mundo foi surpreendido por um dos sismos mais fortes dos últimos 20 anos com uma magnitude de 7,8 na escala de Richter. O epicentro aconteceu no sudeste da Turquia, junto à fronteira com a Síria (Médio Oriente).
A dimensão da catástrofe ainda está longe da contabilização final mas as vítimas mortais ultrapassam os 10.000 e a escala de destruição estende-se por 500 km, a dimensão aproximada de Portugal.
Interessa perceber as causas deste abalo sísmico naquela região do Médio Oriente. A complexidade geológica deste território explica-se por se encontrar no limite de três placas tectónicas convergentes (Anatólia, Africana e Arábica) com falhas muito ativas (fig.1).
Este contexto confere uma grande tensão regional com atividade sísmica frequente e por vezes com grande magnitude. O epicentro deste sismo em área continental e em pouca profundidade levaram a uma grande energia libertada.
O impacto desta catástrofe é muito maior devido à fraca qualidade das construções; o elevado povoamento, inclusive de refugiados da guerra da Síria; e o inverno rigoroso com nevões e temperaturas negativas. Esta conjugação de factos agravam a dimensão da tragédia.
Sérgio Bastos, Meteofreixo