Fazia tanto frio naquele ano que o esquilo Renato e os seus dois amigos ratos Bernardo e Tomás, decidiram abandonar a floresta para procurar um pouco de calor.
– Olhem, meus amigos- exclamou o Renato- há ali uma capela. O padre é com certeza um bom homem e não vai negar abrigo a dois ratinhos e a um esquilo.
– Espera lá, parece que ouvi um barrulho! – pensou Joaquim o velho padre.
Quando abre a porta, uma rajada de vento empurra para dentro da capela alguns flocos de neve e, sem perder tempo, os três amigos entraram a correr.
– Oh coitadinhos, como tremem de frio! Venham depressa aquecer-se! – disse o velho padre.
O padre Joaquim não era muito rico, mas ainda tinha um pedaço de broa que o esquilo e os ratos devoraram.
Em seguida aqueceu-lhes um pouco de leite.
– Há muito tempo que eu não tinha visitas- diz o Joaquim.
– A corda do sino esta partida e por isso não posso avisar as pessoas a aldeia para virem à missa… – afirmou o padre Joaquim abalado.
O fantástico padre Joaquim enrolou uma manta vermelha com retalhos roxos em frente ao fogão e aí se instalaram os ratos e o esquilo. À meia-noite, Renato acorda os dois ratos e decidiram fazer uma surpresa ao padre Joaquim por os ter acolhido.
Então arranjaram lençóis velhos no celeiro e em silêncio uniram os pedaços de lençóis dando-lhes nós nas pontas e depois subiram ao campanário. Quando chegaram ao topo, os ratos agarravam a corda e o Renato começou a esfregar com um pano o sino e pô-lo a brilhar.
De manhã cedo, o padre Joaquim vê a surpresa que os três amigos lhe fizeram.
-Mas que maravilha! – exclamou o padre- assim vou poder chamar os aldeões para a missa! – todo contente tocou o sino.
De repente, os aldeões ouvem o sino tocar e homenageiam o Padre Joaquim indo à capela com velas.
Como era muita gente ele celebrou a missa fora da igreja. Agradeceu aos seus amigos pela surpresa. Foi uma noite de Natal diferente…para todos!
Grupo: Beatriz Santos e Matilde, 6.C