Dor severa durante a menstruação, nas relações sexuais ou dor pélvica continuada não são sintomas normais!
Poderá ser endometriose: consulta o teu médico!
1 em cada 10 mulheres em idade reprodutiva são afetadas… e nem sempre a intensidade das dores sentidas é proporcional à gravidade da doença.
Na endometriose, o tecido semelhante ao endométrio (revestimento do útero) aparece em locais diferentes da cavidade uterina, como os ovários e as trompas de falópio. Também pode surgir na bexiga, intestino e em órgãos mais distantes, como no pulmão. O endométrio que surge fora do útero também responde às hormonas femininas, ou seja, todos os meses cresce para assegurar uma possível gravidez, e descama quando esta não ocorre. Perante uma não gravidez, estes tecidos em localizações anormais não têm a possibilidade de sair do corpo, o que origina as dores, muitas vezes intensas, ou o desenvolvimento de quistos no ovário (endometriomas), e problemas de infertilidade. Aproximadamente 30-40% das mulheres com esta doença têm problemas de fertilidade.
A causa exata desta patologia ainda é desconhecida, mas há fatores que aumentam o risco de a desenvolver, tais como: nunca ter dado à luz; aparecimento precoce da primeira menstruação; menopausa tardia; ciclos mentruais inferiores a 27 dias ou hemorragias mentruais abundantes, por mais de 7 dias; índice de massa corporal (IMC) baixo; historial familiar da doença; e problema estrutural na vagina, útero ou colo do útero que bloqueie a passagem do sangue para fora durante o período mentrual.
Infelizmente, a endometriose é uma doença para a vida, apesar de existirem tratamentos que permitem aliviar os sintomas. Em último caso, recorre-se à cirurgia. O principal objetivo do tratamento é garantir a qualidade de vida da mulher.
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