Hoje retomamos as famosas Minisséries Comunica, com trabalhos das turmas do 8.º Ano a partir de conteúdos dados nas aulas.
O tema era “Como se faz uma reportagem e técnicas da Entrevista” e nada melhor do que aprender com uma atividade prática. Em grupo, os repórteres produziram um conjunto de Reportagens/Entrevistas ficcionais, tomando como ponto de partida temas da atualidade. Reais ou ficcionais. As entrevistas não chegaram a ser feitas na vida real, mas “poderiam ter sido”.
O primeiro trabalho é do Miguel e do Diego, do 8.º A, sobre a recente revolução cultural a acontecer no Irão. Quando a lemos, até parece verdade.
Direitos Humanos no Irão
A marcha sangrenta do Hijab
Mahsa Amini, jovem iraniana, morreu passados quatro dias desde que foi presa por não ter usado o “Hijab” como mandam as regras. A polícia disse à família que a jovem morreu de “ataque cardíaco”, mas a família nega e diz que a polícia foi responsável pela morte da jovem.
Rashid tem 32 anos e é refugiado iraniano. Chegou ao Porto em 1998, a bordo de um navio de refugiados e depois de trinta e dois dias no mar alto, encontrou um país onde “as pessoas são livres de usar o vestuário que quiserem”. Rashid ainda estranha quando vê nas ruas da cidade jovens de calções e de t-shirt.
Por seu lado, Amad, 20 anos, estudante na Faculdade de Letras do Porto, diz que as memórias que tem do país onde nasceu são de um local onde quase tudo era proibido: as mulheres não podiam usar vestuário que aqui é absolutamente normal mas apenas o hijab , um lenço preto que lhes cobre todo o rosto.
Mas também o acesso à cultura é fortemente reprimido no Irão. A população não pode cantar, ouvir música ou sequer ter um rádio para passar algum tempo. Mojtaba Khamenei, 25 anos, veio do Irão e conta uma história triste, tantas vezes repetida: espancado no Irão pelos polícias quando estava a tocar guitarra numa das ruas de Teerão, Mojtaba conta que ainda tem os instrumentos escondidos, mas as autoridades disseram-lhe que se o encontrassem de novo naquele local podia acabar os seus dias na prisão. E quem acaba numa prisão iraniana, pode morrer de “ataque cardíaco”.
Miguel | Diego 8.º A