Equinócios e Solstícios Os equinócios são os momentos do ano em que o Sol está diretamente acima do equador, resultando em dias e noites de igual duração.
Os solstícios, por outro lado, são os momentos em que o Sol atinge a sua posição mais ao norte ou ao sul em relação ao equador celeste, resultando nos dias mais longos ou mais curtos do ano.
Os solstícios e equinócios foram celebrados por diversas culturas ao longo da história, muitas vezes associados a mitos e rituais que refletem a relação entre os seres humanos e a natureza. Algumas ideias mitológicas associadas a esses eventos astronómicos:
- Culturas Mesoamericanas:
Os maias celebravam o equinócio de primavera com rituais em Chichen Itza, onde a sombra da pirâmide de Kukulcán cria a ilusão de uma serpente descendo as escadas
- Romanos: Celebravam o festival de Saturnália, em honra ao deus Saturno, durante o solstício de inverno. Era um período de festas, troca de presentes e inversão temporária das normas sociais.
- Mitologia Grega: O equinócio de primavera está associado ao mito de Perséfone, que retorna do submundo para se reunir com sua mãe, Deméter, marcando o início da primavera e o renascimento da natureza.
O equinócio de outono marca o retorno de Perséfone ao submundo, simbolizando a transição para o inverno e o período de dormência da natureza
- Mitologia Nórdica:
O solstício de verão, conhecido como Midsummer, era um momento de celebração em honra a Balder, o deus da luz e da pureza. As festividades incluíam danças e rituais ao redor de fogueiras
O Yule, celebrado durante o solstício de inverno, envolvia acender a Yule log (tronco de Yule) e realizar rituais para garantir o retorno da luz e a renovação da vida
Essas celebrações e mitos refletem a profunda ligação que as culturas antigas tinham com os ciclos naturais e a importância de honrar esses momentos de transição.
Matilde Vieira