Saudades dos alunos: quarto testemunho.
A pedido da stora Cláudia Azevedo, que é incrível, e pela qual tenho um carinho enorme, venho falar um pouco sobre o aparecimento da pandemia que mudou tudo de um dia para o outro e nos privou, a todos, de momentos incríveis.
Bem… o tão esperado e tão falado nono ano, um ano de grandes mudanças e que muitos consideram ser um dos melhores anos das nossas vidas, para nós foi um pouco diferente! Com a pandemia tivemos de finalizar o nono ano em casa, longe dos colegas e professores com quem crescemos nos últimos 5 anos, as pessoas com quem aprendemos e criamos laços de grandes amizades, as pessoas com quem rimos e choramos e que nos ajudaram a ser as pessoas que somos hoje.
A pandemia privou-nos das típicas conversas sobre o nosso futuro: a escola para onde íamos, o curso que iríamos seguir, fazer piadas, rir do assunto e imaginarmo-nos todos velhinhos e gagos e ainda a fazer piadas sobre as memórias do passado (quando um colega caiu ou fez aquela piada hilariante a meio da aula – dessas não faltam, hahahah!!! – uma brincadeira do intervalo…) que nos deixavam a rir por dias.
Enfim, não fizemos as típicas festas no último dia de aulas com os nossos professores, onde nos divertiríamos e criaríamos memórias incríveis para o resto da vida. Além disso, não tivemos o famoso baile de finalistas, o dia pelo qual a maioria dos alunos esperou cinco anos e acabou por não haver possibilidade de se concretizar. Iria ser o dia em que todos compraríamos uma fatiota janota, dançaríamos e nos riríamos como se o dia nunca fosse acabar. Para alguns era um dia tão esperado que já falavam sobre a roupa que iriam usar desde o primeiro dia de aulas do nono ano.
Se, neste momento, alguém me perguntasse do que tenho mais saudades de Freixo, seria muito difícil responder, porque a realidade é que tenho saudades de tudo: dos colegas, dos stores, das piadas, dos momentos lamechas e até das discussões que não levavam ninguém a lado nenhum, mas acabavam por ter piada.
Lara Gonçalves