Lembro-me como se fosse ontem o meu primeiro dia de aulas. Incrível como o tempo passa…
Sinto saudades daqueles amigos que faziam gracinhas na sala de aula, e daqueles “quietinhos” que se sentavam logo nas primeiras carteiras junto ao professor. Tinha sempre um que se destacava, seja pela bagunça ou pela educação. Eu nunca fui das melhores, mas também nunca fui um mau exemplo. Verdade, juro! É incrível como existem coisas que marcam a vida da gente. Quando sinto cheiro de giz, por exemplo, logo o associo à minha infância. Seria mentira se eu dissesse que não sinto nem um pingo de saudades da escola de Freixo, sinto sim! Com o passar do tempo, percebi que a vida de cada um de nós acabou por tomar um rumo diferente. Aqueles amigos que fiz durante o meu percurso na escola de Freixo, aos poucos, foram-se distanciando… não nos vemos com a mesma frequência de antigamente. O tempo passa, e como passa…
No meio do nosso ano letivo, já ouvíamos este tal vírus ainda muito longe de nós, mas ele foi-se multiplicando aos pouquinhos e, quando demos por ela, já estava cá bem perto. O tempo ia passando e mais depressa ele vinha… até que chegou a hora de termos de nos despedir de toda agente na escola… colegas, melhores amigos, professores, enfim…foi um adeus muito estranho e horrível, ao mesmo tempo. É triste…mesmo até quando queremos dar um olá aos professores e dizer que nunca nos vamos esquecer da educação que nos deram. Mas este maldito vírus nem nos permite ir fazer isso!
Maria Carvalho