O Bombeiro do ano
A cidade está rodeada por muitas montanhas. Há umas décadas atrás, havia um bombeiro na corporação de quem toda a gente gostava muito porque era sempre o primeiro a chegar aos incêndios. Chamava-se Bruno. Ainda a maior parte das pessoas não tinham visto o fumo a elevar-se para o céu, já Bruno estava no local a combater as chamas e a socorrer as pessoas.
Os seus feitos foram-se espalhando pela população e foi constituído um movimento a propor que lhe fosse reconhecido o devido valor. O presidente da câmara e as restantes autoridades locais resolveram distingui-lo e ofereceram-lhe a medalha de mérito da cidade.
A tradição continuou: Bruno era sempre o primeiro a chegar. Mas Bruno não era um herói.
A sua perdição foi comprar sempre isqueiros da mesma cor. E quando acendeu mais um cigarro à porta do quartel, alguém reparou que no local dos últimos incêndios havia sempre um mesmo modelo de isqueiro, da mesma cor.
Benjamim 9A
Microcontos de Ficção: “O taxista tranquilo” [3]
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