A revolução do véu no Irão: mulheres contra o uso do hijab.
A revolução do véu aconteceu no Irão em 2022. Em 13 de setembro, uma jovem chamada Mahsa Amini, de 22 anos, foi presa por supostamente ter tirado o seu “hijab”, o véu islâmico.
A jovem veio a falecer sobre custódia policial, o que levou a uma revolta gigante. Segundo relatos de pessoas que viram, ela estaria só com uns fios de cabelo à mostra. Testemunhas garantem que Mahsa foi agredida por pessoas dentro de uma viatura, mas a polícia nega ter feito qualquer tipo de agressão que a levasse à morte, alegando que a causa da morte terão sido problemas cardíacos pré-existentes.
Um dos episódios marcantes foi a revolução que se seguiu depois da Masha ser assasinada – o movimento começou a crescer e ganhou um nome, “As Meninas de Rua da Revolução” e tornou-se uma ameaça com a qual as autoridades iranianas nunca se tinham deparado antes.
Outras mulheres foram vistas repetindo o mesmo gesto nas ruas de Teerão. Até mesmo homens já participaram nesse tipo de manifestação, representando um sentimento cada vez mais comum no Irão.
No início de fevereiro, o governo divulgou uma pesquisa realizada há três anos que mostra que metade da população acredita que o uso do “hijab” não devia ser obrigatório.
Uma manifestante, que preferiu permanecer anónima, disse que se tratava de um ato de “desobediência civil”. A corrupção sistemática entre a elite política do Irão, fez com que a pobreza crescesse com a inflação de mais de 50% e a falta de liberdade social e políticas deixaram os jovens sem esperanças.
Mais de 328 pessoas foram mortas e 14.825 detidas nos protestos.
Fontes:
1º fonte:A revolta de iranianas contra uso obrigatório de véu islâmico | Mundo | G1 (globo.com)
2º fonte:As mulheres que desafiam o regime no Irã tirando o véu em público – BBC News Brasil
3º fonte:Protestos no Irã: o que exigem as manifestantes que permanecem nas ruas do país – BBC News Brasil