O Comunica apresenta uma nova minissérie intitulada “Revoluções do Povo”.
Num contraponto à Revolução dos Cravos em Portugal, esta minissérie leva-nos a conhecer algumas das revoluções ou revoltas populares pelo mundo, a partir de trabalhos realizados pelos alunos do 9.º Ano em Cidadania e Desenvolvimento.
O primeiro trabalho apresenta-nos a Primavera Árabe – População contra o desemprego.
A Primavera Árabe – população contra o desemprego.
A onda de transformação que varreu o mundo árabe.
A Primavera Árabe teve início em 2011, na Tunísia, e espalhou-se pelo Egito, Síria, Líbia, Iemen, Bahrein, Marrocos e pela Arábia Saudita. Um nome importante da revolução foi Mohamed Bouazizi e como principais objetivos, este movimento pretendia um governo democrático, o fim da corrupção e mais empregos.
A revolução resulta de um conjunto de protestos realizados nas ruas dos países árabes a partir de dezembro de 2010, altura em que Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo em protesto contra a corrupção e a pobreza. Este é, sem dúvida, um nome marcante nesta revolução. Este ato de desespero desencadeou uma onda de protestos que levaram à renúncia do presidente Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro de 2011.
A revolução foi muito violenta causando mais de 200 mil mortes. Os governos adotaram medidas de censura, bloqueando o acesso à internet e às redes sociais, na tentativa de impedir a disseminação de informações e coordenar ações de protesto. Outros governos optaram por adotar reformas políticas, económicas e sociais para atender às demandas dos manifestantes e evitar a escalada dos protestos.
A Primavera Árabe resultou em mudanças significativas nos países Norte da África e do Oriente Médio, embora os resultados tenham sido variados em cada país. Alguns países viram a queda de governos autoritários e a criação de mais empregos, enquanto outros enfrentaram conflitos prolongados. Em consequência da primavera árabe, a Tunísia foi a única democracia que surgiu a partir das manifestações da Primavera Árabe.
Desde 2014, o Egito encontra-se numa guerra civil e o poder é disputado pelo Governo de Acordo Nacional, liderado por Sarraj com o apoio da Organização das Nações Unidas. A Primavera Árabe teve um impacto significativo em outros locais do mundo: houve um aumento nas procura por democracia e direitos humanos em muitos países e regiões, inspirados pelos protestos e movimentos da Primavera Árabe.
Na Europa teve muito impacto especialmente na crise dos refugiados. Milhões de pessoas fugiram dos conflitos e da instabilidade em países como Síria, Iraque e Líbia e deslocaram-se para a Europa, em busca de segurança e melhores condições de vida.
Este movimento serviu de inspiração para outros movimentos e protestos em todo o mundo, como o movimento Occupy Wall Street nos Estados Unidos e os protestos dos Indignados na Espanha. Esses movimentos buscavam a igualdade social e económica, assim como a participação política mais ampla.
Fontes:
1) Primavera Árabe – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
2) ChatGPT em Português – Uso Gratuito, Sem Registo – TalkAI
Autores: Beatriz, Lucas e Leandro