Sim, leste bem. Só no ano passado, cerca de 100.000 aviões cruzaram os céus da Europa praticamente… vazios. Como é que isso pode acontecer?
Os aeroportos mundiais são, como deves calcular, uma coisa muito complexa de operar. Aterrar em Tóquio, no Japão, pode custar qualquer coisa como 6.500 euros. Assim, as companhias de aviação gastam autênticas fortunas para comprar e manter espaços para aterrarem e levantarem voo, chamados slots. Só para teres uma ideia, a Oman Air comprou à Air France um espaço pelo valor de 75 milhões de euros.
Mas há uma regra bastante estranha: se não cumprirem 80% da utilização desses espaços, perdem o direito de usar o aeroporto.
E o que aconteceu durante a pandemia do Covid 19? Sempre que olhavas para o céu e vias um avião, o mais certo era ele ir vazio: os aeroportos estavam encerrados, as pessoas não podiam viajar. Então quem ia lá dentro?
Para não perderem o direito de utilização, as companhias continuavam a voar para manter os slots ocupados, desperdiçando enormes quantidades de combustível e aumentando a poluição do planeta (o equivalente às emissões de 1.4 milhões de carros por ano).
Repórter Estranho