Antes de mais, férias são tão boas, acordar mais tarde e poder planear coisas aleatórias com amigos… O quarteto fantástico foi ao cinema porque, porque não? No fundo nem era pelo filme, mas sim por toda a convivência envolvida que aquela ida ia proporcionar…
Fomos então ver o filme “O domingo das mães” que nos deixou completamente confundidos e perdidos.
O filme tem início no dia da Mãe em 1924, mas num outro instante já estamos no futuro da personagem principal ou na sua juventude. Esta desordem cronológica e a certa altura já se ouve o Saleiro a perguntar “Isto é no passado, certo?” e a Sara responde “Não, é no futuro”, e a Maria João protesta “Quê? Isto é no presente!”, o que naturalmente desencadeia uma onda de risos que perturba a sala inteira, a sério, as pessoas matam-nos nos pensamentos.
Do ponto de vista do enredo do filme, nem sei por onde começar, sendo que aquilo nem tinha um roteiro bem definido. Sem dúvida que o filme é de uma índole bastante intelectual e tem uma mensagem mega profunda que deixa as pessoas mais sensíveis, como a Sara, a chorar. Isto, não por se entender realmente a história ou a mensagem, mas sim porque os acontecimentos ao longo do filme não são um total conto de fadas, onde há um final feliz.
Concluo deste filme que, muito provavelmente, os melhores filmes são aqueles que mexem connosco, aqueles que nos deixam a pensar no verdadeiro significado, porque este não está escancarado e claro.
Isto acontece com filmes e livros “complicados” … sabemos que um filme típico de heróis tem de acabar com o herói a salvar as pessoas dos perigosos vilões, mas neste tipo de filmes é como se o vilão tomasse conta da ação para assim transmitir algo ao “destinatário” do que deve ser valorizado nos nossos dias, sendo que a história do filme é controversa e inquietante, ao retratar a vida obscura da personagem.
Para acabar como comecei, férias são tão boas a ponto de termos tempo para pensar nos filmes de uma forma mais romantizada e não só no superficial… A ponto de já dar para divagar sobre os temas mais tristes que são abordados no filme, por exemplo…Férias têm esse poder!
Margarida