A História mostra que a guerra faz parte da vida humana desde tempos imemoráveis, apesar do elevado preço, mortos, feridos, mutilados, desalojados, refugiados entre outros como temos visto ultimamente.
Apesar de todas as consequências, muitos comentam que, a guerra é um tema inerente à natureza humana apesar de todos os esforços feitos pelas mais variadas pessoas, organizações e outros. Pelo facto de ser muito violenta e os efeitos causados sob todas as formas, a guerra é uma fonte óbvia de questões morais.
Algumas questões são: Há justificação para as mesmas? Como deve ser travada? O que fazer após a mesma?
Existem três teorias de resposta: Realismo, Pacifismo e Teoria do justum bellum.
Realismo: a moral não é para aqui chamada
É muito comum pensarem que a política internacional não está sujeita a quaisquer regras morais, isto tende ao facto de existir o realismo.
O realismo é uma teoria na qual se acredita que tudo aquilo que é dito pelos políticos é verdade ou realmente acontece sem se questionarem, mostrando a ingenuidade das pessoas. No caso dos estados, as questões morais são vistas como algo irrelevante ou até mesmo uma fraqueza, logo tudo o que é material bélico principalmente, revela se um país é forte ou não. Como vemos na atualidade, dentro dos estados em conflito, há sempre um mais forte e as guerras criadas pelos mesmos são uma mera continuação da sua ideia política (do estado em causa).
Existem dois tipos de realismo: o descritivo, que afirma que os estados não devem ter em conta as questões morais, serem apenas constituídos por juízos de facto e o normativo que é completamente o contrário e tem em atenção as relações internacionais e não só do país.
Os mais importantes defensores clássicos do realismo foram: Tucídides, Maquiavel e Thomas Hobbes.
Pacifismo: Todas as guerras são imorais
Ao contrário do realismo, o pacifismo não separa a ética da guerra e consideram em geral que a guerra pertence à esfera da moral, porém nenhuma tem justificação. Seja por razões de princípio seja devido às consequências que dela resultam, a guerra é sempre incorreta.
Existem dois tipos de pacifismo moderno:
- Consequencialista – Considera que os benefícios da guerra nunca são superiores aos malefícios.
- Deontologista – Parte da ideia de que a guerra é sempre errada porque viola deveres absolutos.
O pacifismo moderno é sobretudo uma teoria secular, porém as suas origens são religiosas. Um exemplo com base na Bíblia, os pacifistas pensavam que a mensagem de Cristo proibia completamente e opunha-se a todo tipo de violência, mesmo para se defenderem. Esta sua posição levava à impossibilidade de defesa dos cristãos aos ataques inimigos e levando ao desenvolvimento da terceira teoria ética, a teoria da guerra justa.
Teoria do justum bellum: Nem todas as guerras são imorais.
Esta terceira teoria opõe-se às outras duas anteriormente referidas, sendo que por vezes a guerra tem justificação. O criador desta teoria é considerado Santo Agostinho, sendo que depois dele muitos outros nomes importantes surgiram. No nosso tempo, o surgimento do armamento nuclear renovou-se e países como a América interviram em outras guerras como por exemplo, a do Vietname. A influência desta teoria tem sido enorme e há cada vez mais políticos e militares a reconhecer a importância da mesma. Também a população se encontra cada vez mais atenta aos motivos que levam às guerras, exigindo que estas sejam justificadas.
Em conclusão esta teoria diz que devemos apresentar motivos para a existência de uma guerra declarada pelos políticos, porém tendo sempre em atenção a opinião pública.
Na nossa opinião, a teoria da guerra justa é a que mais se enquadra na realidade e a que tem de facto mais lógica, tendo sempre em conta vários parâmetros, não só o facto de as guerras terem um poder moral também, mas ter em conta a opinião pública também. Por sua vez, o realismo não oferece sentido visto que se suporta naquilo que é determinado pelos estados e leva a uma opinião passiva e o pacifismo, embora mais tolerável, não permite que a pessoa, religião (antigamente principalmente) ou estado, não devem pôr em prática nunca a violência nem para a própria defesa.
Trabalho realizado por: Beatriz Barbosa e Jéssica Sousa