O grupo palestino Hamas, que controla a facha de Gaza, lançou em 7 de outubro um ataque terrorista surpresa a Israel, matando mais de 1.400 pessoas e capturando reféns. Israel reagiu com uma ofensiva militar que já matou mais de 14.000 pessoas.
Tudo isto não é estranho para ti, pois a comunicação social segue os acontecimentos a par e passo.
Ao longo das sete semanas, certamente perguntaste: Como é possível que tenha havido entraves em fazer chegar a ajuda humanitária ao sul de Gaza? Porque razão tardou o cessar fogo? Como é possível que muitos dos serviços prestados pela agência da ONU para a assistência aos refugiados, foram suspensos por falta de meios, incluindo o fornecimento e tratamento de água? Porque razão hospitais estiveram na mira das armas? e há uma questão que confunde qualquer um: toda a população civil, sobretudo as crianças, idosos e doentes também são terroristas?
Se consideras que o Hamas é um movimento terrorista fora e dentro de muros de Gaza e Cisjordânia, o comportamento de Israel, neste conflito, não se enquadra no Direito Internacional Humanitário, o qual contém os princípios e regras que limitam o uso da violência durante um conflito armado.
Num mês, registaram-se 10.000 mortos, 4.000 eram crianças. Hoje contabilizam-se mais de 15.000 de ambos os lados. Podem existir razões que explicam a escalada do conflito, que soma décadas. Dependendo do ângulo em que te posicionas, compreendes o decurso dos acontecimentos. Mas, sempre ouviste dizer que nem todos os fins justificam os meios…
O que é certo, é que de um lado e doutro, a destruição, a morte, o choro, o medo, o desespero, a espera, a desorientação tomaram o lugar das gargalhadas na praia, das leituras, das tarefas escolares, da música, das refeições em família e do sono ao cair da noite. A vida é um direito, é única e todos devem vivê-la em paz.
Quanto vale a vida em Gaza?
Segundo o Talmude*, ” Quem salva uma vida, salva a humanidade”. Por estes dias, neste canto do mundo, percebes que a vida, apenas é tirada, roubada ou negociada.
* Talmude – Coletânea de textos sagrados dos judeus
Diana, Fátima, Iara e Joana EMRC