“Um pássaro pode cantar em Cabul, mas uma rapariga não pode” lamenta Meryl Streep

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25 de setembro de 2024. Quem diria que frequentar a escola além do sexto ano ou sair de casa para trabalhar é uma sorte. O mesmo se aplica a conduzir o nosso carro ou entrar no autocarro com o Luís ou o João para chegar à escola.

Será também algo de extraordinário arranjarmo-nos como nos apetece, ao som de uma música qualquer? No mundo talibã, a música é um vício, foi proibida e os instrumentos musicais destruídos.

Os salões de beleza foram encerrados e os que trabalham, são ilegais.

A voz feminina apenas é tolerada dentro de casa, porque o som das vozes das mulheres fora das suas habitações é, aparentemente, uma falha moral. Aliás, qualquer local público não é um espaço próprio para a mulher.

O desporto é uma prática desnecessária que expõe o corpo da mulher. Viajar? Só acompanhada, e as curtas distâncias só são possíveis de burca, de onde o mundo é visto aos quadradinhos. É à esta barbárie que se dedica, em pleno século XXI, o Ministério Talibã para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício do Afeganistão, aplicando rigidamente a Sharia, a inflexível lei muçulmana.

Esta segunda-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, ao lado de Guterres, Meryl Streep reconhece que uma gata, um esquilo ou um pássaro são mais livres do que uma mulher afegã.

Vale a pena pensar nisto…

Cristina Rodrigues

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