O fojo do lobo é uma armadilha construída com muros de pedra destinada a capturar e exterminar lobos. Só uma imensa quantidade destes animais, no passado, é que justifica a existência de tantas armadilhas espalhadas pelas Serras do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
No PNPG, existem dois modelos diferentes deste tipo de armadilhas: o fojo de cabrita (com formato circular) e o de paredes longas e convergentes (em forma de “V”). O primeiro funcionava através da colocação de um animal, numa pedra alta, no interior dos muros, com o objetivo de atrair o lobo para o interior da armadilha. O segundo, que normalmente convergia para um fosso profundo, era mais frequente, devido à sua maior eficácia. Quer entrasse no círculo de paredes altas para atacar a presa, quer caísse no fosso profundo, normalmente em consequência de perseguições organizadas pelos populares, o lobo ficava incapacitado de fugir, sendo posteriormente abatido.
As construções em “V” abundam no PNPG, especialmente na Serra Amarela e na Serra do Gerês, algumas delas em muito bom estado. O acesso, porém, varia entre um grau de dificuldade que vai do moderado ao difícil.
Exemplos de algumas construções circulares, de acesso pedonal fácil a moderado: Fojo do lobo da Portela da Fairra (acessível a partir da povoação de Parada do Outeiro, concelho de Montalegre) Fojo do lobo situado no sopé de S. João da Fraga (acessível a partir da aldeia de Pitões das Júnias, também do concelho de Montalegre), Fojo da Cabrita (próximo das povoações de Lombadinha e Avelar, na Serra do Soajo, (acessível através do Trilho dos Bicos/Rota dos Romeiros da Peneda); Fojo de Guende (Galiza, próximo de Lobios)
Exemplos de construção em “V”, de acesso pedonal fácil: Germil (Serra Amarela), Fafião e Xertelo (Serra do Gerês, concelho de Montalegre).